Febre Amarela requer cuidado
Após o anúncio de que o Estado de São Paulo representa área de risco para a transmissão da Febre Amarela, algumas orientações estão sendo fornecidas especialmente aos profissionais da saúde, de forma que possam fazer o diagnóstico mais rápido e o tratamento adequado para os pacientes que chegam aos hospitais.
É necessário que o médico faça algumas perguntas quando se deparar com um paciente com sintomas da doença: a pessoa vem de áreas com risco de transmissão? Ela apresenta quadro clínico compatível?
Para identificar o caso suspeito, deve-se analisar se o indivíduo apresenta quadro febril agudo (até 7 dias), de início súbito, acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas. Ele pode apresentar sintomas de doença infecciosa, dor de cabeça e dor muscular (pode se confundir com Dengue ou outras infecções). Em casos mais graves, nota-se o comprometimento do fígado. É importante lembrar que a Febre Amarela é um importante diagnóstico diferencial em pacientes com quadro de síndrome ictero hemorrágica.
Após essa análise, é necessário realizar o diagnóstico laboratorial, com exames específicos, PCR (até 5 dias após o início dos sintomas) e Sorologia para Febre Amarela. A amostra deve ser coletada no 1º atendimento, especialmente nos casos graves que preenchem definição de caso suspeito.
O paciente com os sintomas ou confirmação da doença deve receber atendimento diferenciado, com terapia intensiva, sofisticada, em hospital de referência. Caso o exame de enzimas hepáticas seja superior a 500, deve ser encaminhado para um centro de referência maior. Com resultado inferior a 500, o paciente pode continuar em hospital com menos referência e repetir os exames diariamente.