Gilberta Bensabath deixa legado importante para a medicina brasileira
Faleceu nesta quarta-feira, 13, a médica e pesquisadora Gilberta Bensabath. Foram 53 anos dedicados à pesquisa sobre viroses regionais. A médica, de origem judaica e formada aos 25 anos de idade, se dedicou à saúde pública na Amazônia. Ela se dizia “amazônida pura”, por ter adotado o Pará como lugar para viver.
Em outubro de 2015, Gilberta Bensabath foi homenageada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará como patrona da Semana do Médico daquele ano.
Nascida em Cruzeiro do Sul, no Acre, Gilberta Bensabth formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará. Nos onze primeiros anos de sua carreira, atuou como médica do extinto Serviço Especial de Saúde Pública do Governo Federal.
No período de 1951 a 1954, atuou como médica no município de Alenquer, no nordeste paraense, reduzindo a mortalidade infantil, além de implantar o sistema de água encanada, problema denunciado por ela ao então governador Magalhães Barata. Em 1960, começou seu trabalho no Instituto Evandro Chagas, em Belém, de onde também foi diretora entre 1975 a 1979.
Apesar de aposentada desde 1994, a médica acreana, mas com coração paraense, continuou desenvolvendo estudos nas áreas de Hepatologia Viral e Epidemiologia no Instituto Evandro Chagas. “Sempre encarei o trabalho como algo lúdico, não como uma obrigação”, disse.
Gilberta Bensabath deixa um belo legado como médica, pesquisadora e ser humano, além de muitos amigos saudosos.