Há exatamente um ano, foi confirmado primeiro caso de Covid-19 no Brasil, dando início naquele ano a chamada “primeira onda”, sendo totalizados até os dias atuais 10.195.160 casos diagnosticados e triste marca 247.143 óbitos em nosso país. Na vigência da “segunda onda” seguimos adotando as medidas restritivas, as quais apesar do negacionismo de uma grande parcela da população, são a forma de enfrentamento que se mostraram verdadeiramente eficazes no combate a pandemia: distanciamento social, higienização das mãos e uso de máscaras. No Pará, os casos ainda estão em ascensão, contabilizando 62 perdas de colegas médicos.. É muito difícil aprender com uma pandemia de grandes proporções, principalmente quando se está dentro dela. Ninguém está preparado para viver um momento com o qual estamos vivenciando. Além das medidas de contenção, as vacinas trouxeram um alento a mais, apesar das muitas dúvidas que ainda pairam, pois dependem da conclusão de estudos robustos em andamento. Contudo, devido a vários embargos, o Ministério da Saúde adotou critérios com a finalidade de proteger grupos prioritários, como profissionais da linha de frente expostos diariamente e repetidamente ao vírus, que pela urgência da pandemia que assola o país, se mostram cada vez mais necessários, já que hospitais e nem equipe de saúde podem parar, não sendo, uma questão de merecimento ou troféu por tudo que vem “proporcionando” à população, porque assim como todos os profissionais de saúde toda população deve ser vacinada. Entretanto, mesmo que todos os médicos, linha de frente ou não, estejam contribuindo no enfrentamento, uma parcela muito significativa ainda não foi vacinada. E enquanto aguardam, se expõe aos riscos já que a labuta diária é mandatória. O Conselho Regional de Medicina do Pará, diante da preocupante estatística de óbitos de médicos, que só aumenta em nossa região, buscou , junto a SESMA, expor em reuniões a fundamentada necessidade de vacinar o maior número possível de médicos, sendo disponibilizadas 300 doses da vacina para serem administradas na sede do CREMEPA, com a orientação para seguir critérios já estabelecidos. O desejo de vacinar todos os médicos de nossa regional é pungente, porém estamos subjulgados a normas do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19, conforme a nota informativa 002/2021 sobre a vacinação contra Covid-19 no município de Belém de 12 de fevereiro de 2021 . A divulgação para cadastro da vacinação contra o covid-19 na sede do CRM foi por meio das mídias socias e site do Conselho, o prazo finda no dia 25 de fevereiro.
Na oportunidade, alertamos que de acordo com Informe Técnico da Campanha de Vacinação contra Covid-19 do Ministério da Saúde de 19/01/2021, pessoas que tiveram Covid-19 (sintomáticos ou não) devem aguardar intervalo de 4 semanas para serem submetidos a vacinação a contar do início dos sintomas ou da coleta do exame RT PCR para Covid detectável (swab nasal/orofaringe), da mesma forma como , até o momento, não existe recomendação de avaliação de resposta vacinal por testes sorológicos (Laboratório Diagnósticos da América – DASA).
E para aqueles que além de contribuírem com exercício de sua profissão como linha de frente, também são doadores de sangue devem aguardar o prazo da inaptidão temporária a depender do tipo de vacina administrada, sendo a inaptidão para doação de sangue de 48 horas para pessoas que receberam a Coronavac (Sinovac/Butantan) e de 7 dias para Covishield (Astrazeneca/Oxford/Fiocruz).(https://sei.anvisa.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento).
Todos juntos no enfrentamento do coronavírus!